Skip to main content
European Commission logo

Eurydice

EACEA National Policies Platform:Eurydice
Reformas em curso e desenvolvimentos políticos

Portugal

14.Reformas em curso e desenvolvimentos políticos

Last update: 28 March 2024

Este Capítulo disponibiliza informação temática, e cronologicamente organizada, sobre as reformas nacionais e os desenvolvimentos políticos na área da educação desde 2022. 

A introdução do Capítulo descreve a estratégia global e os objetivos-chave para a educação a nível nacional. Também olha para a forma como são organizados os processos de reforma da educação e quais são os principais atores no processo de tomada de decisão.
A secção de reformas em curso e desenvolvimentos políticos agrupa as reformas nas seguintes áreas temáticas principais que correspondem, em larga medida, aos níveis de ensino:

No âmbito de cada área temática, as reformas são organizadas cronologicamente, sendo as reformas mais recentes descritas em primeiro lugar.

Estratégia global e objetivos-chave para a educação a nível nacional

O XXIII Governo, que tomou posse a 30 de março de 2022, prossegue a estratégia iniciada em 2016 e em 2019, que visa a valorização da educação pública, enquanto garante da equidade, da qualidade e das qualificações. Destacam-se como medidas estruturantes:

Assim, o Programa do XXIII Governo de Portugal apresenta como grandes prioridades na área da educação:

  • modernizar o sistema educativo;
  • valorizar a carreira docente;
  • aumentar o número de alunos apoiados pelos serviços sociais e institucionalização de bolsas de estudo plurianuais no ensino superior;
  • combater as desigualdades através da Educação, através da promoção de uma escola inclusiva, dando continuidade ao Plano 21|23 Escola+, prevendo-se neste âmbito a capacitação das escolas, bem como a aplicação de novos programas de apoio às aprendizagens e ao desenvolvimento de competências socioemocionais;
  • melhorar as aprendizagens, através do desenho de estratégias integradas assentes em princípios como a diferenciação pedagógica, a identificação de competências-chave, inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, a melhoria qualitativa dos instrumentos de aferição, a melhoria e diversificação das estratégias de aprendizagem e, sobretudo, a ação ao primeiro sinal de dificuldade;
  • investir no futuro coletivo, reforçando o investimento no ensino superior, através da aposta na prossecução, no ensino superior, do trabalho desenvolvido no ensino básico e secundário;
  • estimular a entrada e combater o abandono no ensino superior;
  • aprofundar o Programa Qualifica como chave para a elevação de qualificações da população adulta, com a promoção do investimento na aproximação de centenas de milhares de pessoas à qualificação, e da promoção do reconhecimento de competências e aprendizagens e, ao mesmo tempo, da adequação dos percursos formativos aos perfis e necessidades individuais;
  • investir no futuro coletivo, reforçando o investimento no ensino superior;
  • estimular a entrada e combater o abandono no ensino superior;
  • alargar o ensino superior a novos públicos.

Processos e motores das reformas na educação

As reformas e políticas educativas em curso assentam nos princípios elementares da Lei de Bases do Sistema Educativo (1986): o direito de todos à educação e à cultura, a igualdade de oportunidades e a liberdade de ensinar e aprender, expressos na Constituição da República. Estas políticas devem ser calibradas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela ONU em 2015.

A participação das escolas e dos professores na construção e gestão do currículo (autonomia e flexibilização curricular) contribui para o desenvolvimento de abordagens pedagógicas mais centradas nos alunos e para a melhoria da qualidade das aprendizagens. Este pressuposto levou à definição de dois documentos de referência: as Aprendizagens Essenciais (AE), elaboradas pelo Ministério da Educação, em colaboração com associações de professores, autores e/ou sociedades científicas e o Perfil dos alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Em termos de documentos estratégicos, há ainda a destacar: